“Comunidades corporativas” é o nome que damos aos ambientes de colaboração criados pelas empresas para alavancar o relacionamento com seu público. As plataformas usadas em cada uma delas diferem de acordo com o objetivo de cada negócio.
Plataformas voltadas para o relacionamento interno, por exemplo, devem ter como objetivo principal integrar seu time com eficiência e aumentar a colaboração entre as equipes. Aquelas destinadas ao relacionamento com parceiros e clientes, por sua vez, precisam priorizar o feedback e a oferta de insights para obter conhecimento estratégico na melhoria de seus produtos e serviços.
Quer entender melhor como as comunidades corporativas impactam seu negócio? Acompanhe nosso post!
Comunidades corporativas e geração de valor
A Community Roundtable lançou, em abril de 2016, um estudo voltado a entender o nível de maturidade das comunidades corporativas e o valor que elas trazem para suas corporações. Entrevistando mais de 300 pequenas, médias e grandes organizações, o time de cientistas buscou métricas capazes de avaliar o impacto das comunidades corporativas nesses negócios. Ao longo do caminho, ficaram evidentes a importância do Community Management e indicações de como gerir melhor sua comunidade corporativa.
Quando sua empresa busca inovar, compartilhando informações e colaborando por meio do uso de plataformas como a Brightidea, ela deve dispor das ferramentas necessárias para que isso não seja um desafio. Essas soluções permitem integrar os membros de sua equipe e amplificar a sinergia entre o pessoal, além de organizar os fluxos de trabalho, criando uma cultura organizacional positiva. Mapear a contribuição e as habilidades de cada um dos seus parceiros ajuda empresas a investir nessas aptidões e fortalecer ainda mais suas comunidades corporativas.
Community Management
Entretanto, apenas encontrar a plataforma certa não determina a sorte de sua comunidade corporativa. A tendência exige investimento significativo na figura do Community Manager, responsável pelo sucesso daquela rede em questão. Uma estratégia de engajamento estabelecida desde o planejamento é o que faz a diferença na implementação de comunidades corporativas de sucesso.
Essa pessoa deve ser capaz de acompanhar de perto os indicadores mais relevantes e tem papel bem diferente do profissional de mídias sociais. Tempo e esforço são fundamentais para a maturidade de uma comunidade, que deve possuir uma base de conteúdo forte e relacionamento ágil entre seus membros para realmente funcionar.
Esse tipo de investimento tem efeitos positivos para o negócio, reduzindo os custos de suporte e implementação de novas tecnologias e práticas e aumentando a identificação entre a marca e aqueles que com ela interagem. O Community Manager é o intermediário e o guia para que os objetivos de sua empresa sejam atingidos também nesse ambiente.
Quais as características necessárias para gerir bem uma comunidade?
O gerente de comunidade surgiu graças à necessidade de grandes portais, como AOL, em definir um relacionamento positivo com os usuários e grupos de discussão que interagiam com a marca em suas páginas na web. Moderar o conteúdo e promover aquilo que é bom tornou-se o papel desses membros da equipe, que mediavam o relacionamento entre empresa e público na internet. Com a migração do público-alvo para as redes sociais, esse profissional passa a atuar desde a criação do conteúdo, decidindo o que deve ser tema de discussão.
Como especialista em um canal específico, ele é capaz de definir conteúdo, recomendar estratégias benéficas para o posicionamento de sua companhia nas redes sociais e gerir crises, antecipando a reação da marca nas redes sociais. O profissional deve ser um parceiro, focado nos objetivos e no momento de sua marca, entendendo que modelos engessados não funcionam. O que a Community Roundtable mostra é que as características necessárias para gerir bem uma comunidade mudam conforme a etapa de maturação em que ela se encontra.
Maturidade e engajamento para um Community Management superior
As comunidades podem ser divididas em quatro fases, e o CMM (Community Maturity Model) estabeleceu diferenças quanto ao profissionalismo de cada uma delas. A primeira funciona de forma hierárquica, e a liderança precisa exercer controle próximo à comunidade para garantir interações. Funcionando sobre uma cultura reativa, essas marcas em geral apenas atendem solicitações nas redes sociais e têm um social media postando conteúdo dentro de um roteiro programado.
Na segunda fase, elas podem ser categorizadas como comunidades emergentes, cujas lideranças buscam o consenso e a participação. Já foi implementada uma cultura contributiva e os membros da equipe reconhecem o valor da colaboração na construção de comunidades corporativas. Embora essas empresas ainda não tenham atingido o status de comunidade, já estão no momento de crescimento e podem construir essa evolução.
Comunidades estão na terceira fase e sua liderança já se encontra em modelo colaborativo, com estratégia completamente voltada para a construção da comunidade. Seus membros têm tarefas e papéis bem definidos, mas encontram flexibilidade no ambiente de trabalho e têm potencial para se tornar redes de crescimento. Este estágio final, sem hierarquia, de liderança distribuída e com integração total é observado em apenas cerca de 1% dos participantes da pesquisa, mas deve ser o goal de cada empresa que invista numa comunidade corporativa.
O poder das comunidades corporativas
Capturar o que um grupo tem de especial, detectando o shared value entre seus interesses e os da organização e compreendendo como ele pode contribuir para o foco do negócio é fundamental para se beneficiar das vantagens de uma comunidade corporativa madura.
Cerca de 60% das empresas entrevistadas têm em comum conseguirem definir o valor de suas comunidades pela organização, enquanto uma porcentagem ainda maior diz conseguir fazê-lo em função dos membros que compõem a equipe. Entretanto, ainda é preocupante que apenas cerca de 40% dos gestores tenham encontrado o shared value da organização, ou seja, o valor compartilhado entre a organização e seus membros.
Essas comunidades vão oferecer informação fundamental sobre o tipo de persona que entra em contato com a sua marca, o que ela busca, que tipo de informação consome e como o relacionamento pode se aprimorar a partir daí. Encontrar os pontos em comum entre os membros de sua comunidade corporativa e realizar o benchmarking dessas personas vai auxiliar seu negócio a inovar partindo de feedbacks e expectativas.
Ferramentas colaborativas são fundamentais ao crescimento de sua organização. Propor maneiras por meio das quais sua equipe pode se engajar ativamente, oferecendo feedback formal e informal, em programas liderados por membros respeitados do grupo, fortalece o senso de comunidade e direciona sua empresa àquele estágio ideal, em que as comunidades estão completamente voltadas ao crescimento. Já estruturadas em redes com liderança distribuída, elas têm uma cultura de ativismo e iniciativa individual com processos já integrados e geração de conteúdo espontânea da parte dos usuário.
O impacto positivo das comunidades corporativas foi diagnosticado a fim de direcionar outras empresas a reproduzirem seus sucessos. Confira a pesquisa com mais detalhes aqui e não deixe de compartilhar o que achou dos resultados do estudo nos comentários!