Quais são as maiores tendências da TI? Quais tecnologias e inovações ganharão mais espaço no mundo empresarial em 2016? Quais produtos serão — finalmente — abandonados?
Prever o futuro no ramo da TI é algo arriscado. Rapidamente, novos produtos e soluções digitais são lançados. Eles impactam diretamente as nossas vidas e podem mudar completamente a eficiência de uma estratégia comercial. Nesse cenário, ter uma visão ampla do mercado permite identificar rapidamente as tendências e quais produtos podem ser adicionados ao ambiente corporativo de uma companhia.
Nos próximos anos, a computação na nuvem, a Internet das Coisas e o Big Data irão se integrar ainda mais. Algoritmos serão utilizados por empresas para monitorar sistemas e substituir o trabalho de técnicos em vários momentos. Fora das empresas, essas inovações permitirão que pessoas comuns criem uma nova relação com o ambiente ao seu redor, com mais dados e integração com o virtual.
Adoção da impressão 3D em novas áreas
Os investimentos em impressões 3D dos últimos anos levaram a tecnologia para uma grande quantidade de setores. Produtos foram criados para atenderem às demandas da medicina, da indústria do automóvel e até de decoradores. Com a possibilidade de imprimir objetos com metal, vidro e até resina, as aplicações práticas devem ser expandir ainda mais.
Em 2016 (e nos anos seguintes), a impressão 3D passará por uma grande reformulação de processos e estratégias comerciais. Elas serão adaptadas para atender às demandas de gestores e consumidores que procuram novas formas de criarem os seus produtos pessoais, mais flexíveis e rápidas.
Maior integração da Internet das Coisas
A Internet das Coisas mostrou o poder que a combinação de sensores com conexões de dados pode ter. A união de um modem e um sensor de batimentos cardíacos, por exemplo, permite que médicos recebam alertas automáticos em caso de emergência. Nas cidades, o governo pode identificar os locais com maior incidência de crimes e, com isso, desenvolver políticas públicas de segurança mais eficientes.
Dentro das empresas, a Internet das Coisas vai auxiliar no rastreamento de produtos, na segurança corporativa e na identificação de padrões de consumo. Com isso, especialistas de vendas poderão criar produtos que combinem mais com o perfil de seus clientes e, assim, aumentar as receitas da companhia.
Criação de conteúdos para a realidade virtual
Em 2015 vimos a volta da realidade virtual nas discussões de tecnologia. Gadgets como o Oculus Rift e o Microsoft Hololens, que permitem uma interação mais profunda com conteúdos digitais, chegaram ao mercado e prometem revolucionar a relação do homem com o software.
Para conseguir se estabelecer como tendência em 2016, quem aposta na realidade virtual deverá investir não mais no desenvolvimento da tecnologia, mas sim na criação de conteúdo. Filmes, programas e jogos serão indispensáveis para a popularização dos produtos. No ambiente corporativo, a realidade virtual pode ser adotada em treinamentos, manuais e outras situações em que uma interação “direta” com o conteúdo virtual pode tornar a experiência única.
Avanços na área de machine learning
O aprendizado de máquina utiliza as chamadas Redes Neurais Profundas (DNN, ou Deep Neural Network, em inglês) para o processamento de grandes quantidades de imagens, músicas, vídeos e textos em busca de padrões. Por meio deles, empresas podem fornecer serviços com uma experiência de uso que irá variar de usuário para usuário. Serviços de software serão personalizados automaticamente de acordo com as preferências do consumidor e as informações que ele compartilhou na internet e em redes sociais.
As redes neurais também podem ser utilizadas para promover a inovação por meio de outras abordagens comerciais. Com a prevenção de tendências, organizações podem tornar-se mais competitivas e criar mais soluções de sucesso.
Mais automação
O aprendizado de máquina abriu as portas para o mundo das máquinas inteligentes como nenhuma outra tecnologia tinha feito antes. Assistentes virtuais, veículos e até robôs ganharam novas camadas de autonomia. Com isso, os dispositivos eletrônicos passaram a ser menos dependentes da nossa interação para realizar ações, permitindo que pessoas — tanto em ambientes privados quanto corporativos — foquem nas atividades que são mais importantes para o seu dia a dia.
Explosão das fontes de informação digital
A informação está por todos os lados no mundo digital. Celulares, tablets, posts em redes sociais e até pesquisas feitas em mecanismos de busca já são fontes de dados para negócios digitais. Com a possibilidade de obter dados via texto, áudio, vídeo, contextos e sensores, empresas deverão criar novas técnicas para o armazenamento de informações. Elas deverão ser mais confiáveis, rápidos e estáveis.
A preocupação com a privacidade também será maior, uma vez que a hospedagem de registros pessoais de terceiros será recorde. O mesmo vale para as soluções de análise e classificação semântica de dados. Junto com outras tecnologias, elas serão fundamentais para o trabalho com uma grande quantidade de informações que serão entregues por meios cada vez mais caóticos.
TI Bimodal
Muitas empresas devem adotar estratégias de TI bimodal em 2016, que divide o departamento de tecnologia da informação em duas frentes. Uma, a “TI de classe empresarial”, é responsável pela entrega de serviços eficientes, confiáveis e robustos. Já a “TI oportunista” está em busca de novas oportunidades,métodos de inovação e criação de modelos mais eficientes de negócio. Essa estratégia permite que empresas adotem rotinas mais flexíveis sem ter que abandonar práticas de gestão consolidadas.
Mais informação e convergência
2016 será o ano em que a tecnologia irá se integrar definitivamente às ferramentas comerciais das empresas. Na era da informação digital, companhias utilizarão múltiplas fontes para a coleta, análise e processamento de registros digitais. Tablets, sensores, smartphones e até mensagens de textos irão moldar as estratégias empresariais de inúmeras empresas, permitindo a criação de produtos mais eficientes, práticos e com uma experiência de uso mais personalizada.
Para se preparar, gestores de TI deverão modernizar as suas políticas de segurança digital e de governança de TI. A economia digital está pressionando os inúmeros setores do mercado a acelerarem a sua modernização e a levarem a tecnologia para o centro das suas tomadas de decisões. Diante disso, o trabalho dos analistas e técnicos será ainda mais importante. Eles deverão garantir a melhoria constante dos sistemas e equipamentos digitais da empresa, impedindo que as suas falhas tornem-se fontes de prejuízo e queda de produtividade.
Aos poucos, o mercado irá se adaptar a um novo cenário, no qual as fontes de informação são múltiplas, a quantidade de registros é gigante e as estratégias comerciais estarão profundamente conectadas à forma como uma empresa trata os arquivos que tem.