A inovação é a principal característica do espírito empreendedor, geralmente associado ao ecossistema das empresas startups, pois, quanto mais uma empresa cresce e se consolida no mercado, menos ela tende a inovar.
Mais e mais empresas estão percebendo a importância de se posicionar na linha de frente da inovação e envolver todos os seus colaboradores nessa cultura para adquirir as habilidades inovadoras das startups.
Neste contexto as empresas aceleradoras fornecem o conhecimento e as ferramentas necessárias para que a inovação seja uma realidade produtiva, efetiva e lucrativa em todas as organizações. Algumas aceleradoras de sucesso são: Telefónica OpenFuture (na Europa), Samsung Accelerator e Microsoft Accelerator (nos Estados Unidos) e Abril Plug and Play ( no Brasil).
O Vale do Silício — o principal ícone da inovação tecnológica — conjuga três forças propulsoras para gerar inovações com excelência: pesquisa e desenvolvimento de grandes universidades, empreendedores tecnológicos vindos de todas as partes do mundo, e o apoio e participação de grandes corporações.
A aceleração corporativa consiste no seguinte: as grandes corporações que têm negócios já estabelecidos e com infraestrutura adequada para torná-los sustentáveis iniciam uma busca por ideias inovativas que poderão gerar novos produtos, serviços e modelos de negócios capazes de levá-las a alcançar novos mercados, mas que, seguramente não teriam suporte adequado para seu desenvolvimento no ambiente corporativo tradicional. Isso porque a estrutura processual vigente geraria entraves para o fluxo rápido que uma inovação requer.
Então, a grande corporação pode seguir dois caminhos:
Desenvolver a equipe interna
A equipe interna de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) é retirada da estrutura organizacional e levada para o ambiente de uma empresa aceleradora, no qual disporá de um orçamento próprio para uso no processo de inovação.
Nesse caso, a meta da empresa aceleradora é capacitar a equipe corporativa a desenvolver novos conceitos de negócios, promover a internalização de novas metodologias de inovação e desenvolver uma mentalidade inovadora focada na geração de valor e resultado. Essa equipe aprenderá como inovar e encontrar novas oportunidades de negócios que terão adesão de mercado.
Buscar startups no mercado
A grande corporação faz a prospecção, a seleção e a capacitação de startups que têm projetos alinhados à sua estratégia de inovação — especialmente as que geram inovações disruptivas. As startups selecionadas firmam uma parceria com a grande corporação, que contrata uma empresa aceleradora para mediar as relações corporação-startup.
Nesse caso, as empresas aceleradoras atuarão como facilitadoras da aproximação corporação-startup e farão as articulações necessárias para a seleção dos melhores projetos de inovação e ampliação das suas possibilidades de escalabilidade e viabilidade comercial.
OS BENEFÍCIOS DA ACELERAÇÃO CORPORATIVA PARA A GRANDE CORPORAÇÃO
- Renovação de valores: a empresa aprende a reinventar o próprio negócio e criar novos conceitos de negócios.
- Aquisição de novas tecnologias: inovações tecnológicas que impactam positivamente os negócios, mas que estavam fora do ambiente corporativo, se tornam acessíveis com a aproximação da startup.
- Processos de negócios mais enxutos e produtivos: a aquisição de novos modelos de negócios fica viabilizada.
- Acesso a novos mercados: produtos e serviços novos ganham novos mercados.
OS BENEFÍCIOS DA ACELERAÇÃO CORPORATIVA PARA A STARTUP
- Acesso a investimento: a grande corporação faz o aporte de capital necessário para o desenvolvimento da inovação.
- Infraestrutura: a infraestrutura da grande corporação pode ser compartilhada, na medida exata, com a startup.
- Escala produtiva: o conhecimento técnico e as ferramentas para gerar escala para o produto inovador são disponibilizados pela grande corporação.
- Expertise de negócios: mentoria de negócios é proporcionada à equipe da startup para desenvolver uma visão de mercado e direcionar o foco para os aspectos comerciais do produto, serviço ou modelo de negócios — precificação, distribuição e vendas, por exemplo.
- Relações de mercado consolidadas: a startup consegue estabelecer um vasto networking com potenciais clientes, parceiros e investidores, em curtíssimo espaço de tempo, por meio das portas que são abertas pela grande corporação.
- Exposição na mídia: as parcerias startup-corporação geram muito interesse e divulgação na mídia em geral.
Parceria e colaboração são a base do sucesso dos programas de aceleração corporativa. A colaboração pode ser otimizada com o uso de uma plataforma colaborativa, ferramenta que apresenta os seguintes benefícios:
- Viabiliza a integração e o diálogo informal entre a equipe corporativa, a startup, os clientes, os fornecedores e os acadêmicos das universidades, dentre outros agentes possíveis.
- Intensifica e agiliza o compartilhamento de informações e conhecimento entre equipes internas e externas, que podem levar a insights e soluções.
- Permite gerenciar as tarefas em um projeto estruturado. Assim, fica fácil definir metas, organizar, priorizar e delegar atividades, ficar ciente dos prazos, rastrear e monitorar os progressos e minimizar o stress dos envolvidos.
- Dá maior autonomia à equipe de inovação na tomada de decisões.
- Acelera o acesso ao conhecimento, pois a plataforma permite realizar pesquisa contextual e navegação dinâmica para acessar informações mais relevantes.
- Reduz os custos operacionais, já que as equipes interagem remotamente pela internet.
- Melhora a qualidade de vida e a satisfação dos colaboradores que não precisam se deslocar para reuniões.
- Evita a repetição de erros passados, pois forma uma base de conhecimento que acumula lições aprendidas.
O trabalho das empresas aceleradoras otimiza o “Time to Market” do produto, serviço ou modelo de negócios inovador e reduz os investimentos necessários para validar a ideia inovativa, avaliar sua viabilidade do ponto de vista econômico-financeiro e mensurar seu potencial para se tornar um novo negócio. O resultado desse trabalho é o fortalecimento da cultura inovadora nas grandes corporações, a valorização e o desenvolvimento das startups e a ampliação do número de inovações bem-sucedidas, com custo-benefício muito mais favorável do que no modelo tradicional de inovação.
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